O
responsável mostrou esta classificação durante uma mesa-redonda sob o lema “a
Sinistralidade Rodoviária como um Problema de Saúde e Segurança Pública,
Desafios e Perspectivas em 50 Anos de Independência da República de Angola”,
organizada pela Faculdade de Medicina em parceria com Universidade José Eduardo
dos Santos (UJES).
Neste
“ranking” de acidentes de viação, figuram as províncias de Luanda, Huila e
Zaire, cujas regiões apresentam níveis de desenvolvimento sustentáveis e um
concentrado de veículos considerados, onde também se detém um número
significante de pessoas empregadas por via dos serviços de táxis, terminais
rodoviários inter-provinciais e urbanos de passageiros para o progresso
socioeconómico.
Perto de
três mil e 120 pessoas morreram, em 2024, em Angola na sequência do registo de
12 mil e 303 ocorrências de acidentes de viação que foram notabilizados nas
principais estradas nacionais e pontos urbanos com maior fluxos populacionais,
envolvidos na produção e programas sobre a diversificação da economia.
O director
do gabinete da Saúde da província do Huambo, Lucas António Nhamba, disse que a
sinistralidade rodoviária está a contribuir com ferocidade no declínio de
muitas famílias nas comunidades, uma vez que, são estes taxistas e trabalhadores
dos terminais rodoviários de passageiros que sustentam os seus lares.
“Na
província do Huambo temos muitas pessoas a fazerem trabalhos de táxis com
motorizadas (os chamados Kupapatas) e viaturas. Em caso de acidentes, estes
indivíduos podem ficar dois a três meses, internados numa das unidades
sanitárias a receber tratamentos médicos e consequentemente a família fica sem
renda”, frisou.
Justificou
que a sinistralidade rodoviária afecta também os membros da família, por isso,
é importante buscar soluções imediatas para a redução deste fenómeno que
representa já um problema de saúde pública nesta região do Planalto Central.
Sinalizou
que a população entre 15 a 29 anos, são as faixas etárias mais comprometidas
com acidentes de trânsitos e as unidades sanitárias da província do Huambo
internaram, em 2024, por traumatismo rodoviário mais de quatro mil doentes e os
outros 54 chegaram de morrer nestas instituições hospitalares.
Realçou que
a taxa de ocupação de leito hospitalar vai acima de 88 por centos para atender
os doentes internados em consequência de acidentes de viação nas distintas
unidades sanitárias distribuídas nos 17 municípios do Huambo, que podem
permanecer entre 30 dias a seis meses de tratamento.
Na ocasião,
o superintende-chefe da Policia Nacional no Huambo, Paulo Chindele Cassinda,
ressaltou a necessidade de se criar activistas contra a sinistralidade rodoviária
e envolver todas as forças vivas da sociedade na luta contra este fenómeno
nesta região, através da observância estrita do código de estrada.
Por outro lado, sugeriu que a academia
assumisse este papel de educação e combate à sinistralidade rodoviária, para o
incremento da responsabilidade social e a redução da taxa da mortalidade nas
principais estradas nacionais e pontos urbanos.
Detalhou que
de 2021 a 2025, perto de mil e 23 pessoas morreram e cerca de quatro mil
ficaram feridas em consequência dos quatro mil e 270 acidentes de viação
registados na província do Huambo.
Já o
director do gabinete dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana no Huambo,
Joaquim Celestino Salinga, enfatizou que todo esforço está a ser feito para a
redução dos casos de acidentes de viação com a implementação de um programa de
requalificação da sinalização rodoviária, iluminação pública, tapa buracos e
formação profissional dos taxistas, para o cumprimento escrupuloso do código de
estrada.
O
vice-reitor para os Assuntos Científicos da UJES, Ataúfo Mané Fontes Pereira,
considerou ser fundamental o reforço das políticas públicas, investimentos em
infra-estruturas e educação rodoviária nas distintas unidades escolares, assim
como o enquadramento das novas tecnologia e inovação.
Precisou que as campanhas de sensibilização contra a sinistralidade rodoviária tem que ser permanentes e a formação continua dos condutores, para se contribuir na redução dos acidentes de viação na província do Huambo.
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