Angola (Huambo)- O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) começou, este ano, com financiamento da agricultura mecanizada para o aumento das áreas de cultivo, qualidade produtiva e a segurança alimentar na província do Huambo.
Este
projecto iniciou hoje, quinta-feira, depois da realização do “showroom” no sector da Chipita, município do Huambo, onde foram expostas e feitas
demonstrações de várias maquinarias para a mecanização da agricultura para
impulsionar a produção local, assim como a implementação acelerada do
desenvolvimento sustentável.
Este
evento enquadra-se no projecto “Ossi Yetu” (Nossa Terra) que projecta a aceleração
da agricultura familiar e o reforço da segurança alimentar promovido pelo
Governo angolano e operacionalizado pelo FADA, sustentados com equipamentos
ligeiros e pesados para a consolidação da produtividade através da
implementação da diversificação da economia por via da cultura.
No
“showroom”, foram estiveram expostos várias marcas de tractores com diversas
cilindragens, moto-cultivadoras, semeadoras, debulhadoras, colheitadoras e
outros equipamentos para a mecanização da agricultura, sobretudo, aquela
praticada pelas famílias camponesas, com o propósito de se alargar a segurança
alimentar na região.
Os
equipamentos serão disponibilizados para as famílias camponesas organizadas em
associações e cooperativas, produtores individuais e empresários com a aposta
no sector agro-pecuário, cujos meios podem ser pagos até 50 milhões de Kwanzas
num valor que será financiado pelo FADA.
O
técnico da direcção de crédito do FADA, Adão Matari, disse que estas
iniciativas se pretende retirar o agricultor familiar das práticas agrárias de
subsistência e passar para a comercial, visando a promoção do desenvolvimento
socioeconómico.
Explicou
que o FADA está interessado colocar nestes desafios de produção agrícola por
via da mecanização, as pequenas, micro e medias empresas, assim como os
produtores individuais e empresários do sector agro-pecuário para se elevar a
segurança alimentar e, consequentemente, a criação de vários empregos no país.
Sem
precisar dados estatísticos, o projecto “Ossi Yetu” ganhou a adesão
significativa dos produtores, para o efeito, serão maximizados os programas de
“showroom” nas 17 províncias do país, para que as famílias camponesas e
empresários tenham opção de escolha numa consciência democrática.
O
director da Agricultura da província do Huambo, João Lara, ressaltou que o
“showroom” vai ajudar os produtores a terem opções concretas em termos de
maquinarias e fazer uma escolha de acordo com o contexto de cada região, para
que sejam capazes de participar nos programas sobre a segurança alimentar.
Sinalizou
ser pretensão do Governo implementar uma produção rentável e com qualidade
aceitável para aumentar os índices das valências agrícolas na província do
Huambo, com o sistema da mecanização destas práticas.
Enfatizou
que com esta perspectiva se deseja reduzir a problemática da falta de alimentos
e a pobreza nesta região.
Até 2027, o governo da província do Huambo almeja alcançar um milhão e 25 mil e 496.35 toneladas de milho, arroz, trigo, feijão e soja.
O governo local decidiu a massificação da produção de milho, arroz, trigo, feijão, soja, batata-rena e doce, para a promoção do crescimento económico e a viabilização de estratégias de segurança alimentar.
De igual
modo, o sector agrícola projectou a produção de 163 mil e 597.81 toneladas de
leguminosas nos próximos três anos, nesta província com potencialidades
agrícolas e recursos hídricos aceitáveis. LT
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